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TRIATLO-CONMETA UM GUERREIRO NESTE DESPORTO ADAPTADO
Eis outro exemplo de superação da mobilidade reduzida: Dani Nafria, uma residente de Sant Cugat, já ganhou vários triatlos e continua a derrubar barreiras. Tornou-se o primeiro catalão e o segundo espanhol e europeu a participar numa corrida de montanha com uma amputação, na corrida de 14 km em Bonesvalls (Alt Penedès). Completou a corrida com um tempo de 2 horas e 31 minutos. IM TotalCare falou com ele e foi isto que ele nos disse: O que é que o desporto representou para si? O desporto representa muito na minha vida, graças a ele encontrei a força para não desistir quando tive a minha perna amputada. Não tive outra escolha senão jogar futebol novamente. Esse foi o objectivo que me motivou e o desporto sempre foi uma "droga" na minha vida, sem a qual não posso viver. Porque é que se dedicou ao desporto e não a outra coisa? Como já vos disse, já pratiquei vários desportos incluindo: Futebol, Basquetebol, Basebol e todos eles em equipas com pessoas sem deficiências físicas nas ligas escolares. Ao longo dos anos, comecei a praticar desportos de resistência. A verdade é que ultimamente ando muito de bicicleta, quase exclusivamente, mas nadei, corri e fiz triatlos de curta e média distância. Não me importo com um ou outro, gosto do desporto e do que ele me dá física e, acima de tudo, mentalmente. Qual tem sido a sua carreira profissional no desporto? Eu nunca fui, nem me considero um atleta profissional. Talvez tenha havido alguns anos em que competi a um bom nível. Isso permitiu-me participar num campeonato mundial e significou que hoje tenho várias medalhas do Campeonato Espanhol em casa e patrocínios, sem os quais não teria podido fazer nada do que fiz a nível desportivo. Mas primeiro teve sempre de cuidar da sua família e do seu trabalho para pagar as contas. Qual foi a razão para perder uma das suas pernas? A razão era livrar-me de uma doença (neurofibromatose óssea) que me afectava e me fazia perder qualidade de vida e não sabíamos como iria evoluir. Assim, após uma primeira tentativa de salvar a minha perna, foi decidido cortar a doença na gema. Quem são os seus ídolos desportivos? Já tive vários, dependendo do desporto que pratiquei. Ultimamente gosto muito de pessoas que se defendem e dão tudo por alguma coisa. Se eu pensar num nome, seria Carlos Coloma (humilde, acessível, trabalhador como poucos outros) e o seu ombro partido. Quanto tempo pensa que as pessoas da sua idade dedicam ao desporto? Não faço ideia, acho que é como tudo o resto, temos de gostar ou temos de encontrar algo que nos prenda. Nunca fiquei viciado na Play Station, apesar de a ter em casa e os meus amigos me encorajarem muito.